Você já ouviu falar em vespertilidade? Essa palavra desconhecida pode ser a responsável pelas suas muitas ou poucas horas de sono.

O diretor de marketing Antônio Bortoletto detesta acordar cedo. Só sai da cama quando o sol já está alto. Mas também só se rende ao sono quando é madrugada. “Parece que liguei 220 volts na tomada”, diz Antônio.

O que intriga especialistas é se esse ritmo de sono, como o de Antônio, que começa no meio da madrugada e se estende pela manhã, é apenas uma questão de hábito. Há estudos que demonstram que a genética também influencia no horário de dormir. Quinze por cento das pessoas que dormem tarde e acordam tarde teriam um gene da vespertilidade. Ele estaria relacionado com a temperatura do corpo.

Entre 21h e meia-noite a maioria de nós esfria um pouco e vem a onda de sono. Quem tem o gene diferente, tem a queda de temperatura mais tarde, por volta das 3h. De manhã, a história se inverte: o corpo esquenta nas primeiras horas do dia e despertamos. Em quem tem o distúrbio da fase atrasada do sono isso só acontece no fim da manhã.

O psiquiatra Dirceu Valladares explica: televisão, computador, luz acesa dificultam a chegada do sono. “Para o corpo é como se tivesse um sol na frente. Não dorme enquanto tem luz”, aconselha o médico do sono Dirceu Valladares. Se o caso é genético, além de remédios, a pessoa deve tomar sol de manhã, por exemplo. Outra opção é ir jogando a hora de dormir para frente. Mas o importante, diz o médico, é dormir de sete a oito horas seguidas, no escuro, em silêncio, seja de dia ou à noite. “Assim a pessoa sente que no dia seguinte está restaurada, cheia de energia e sem sono nenhum”, destaca o médico do sono Dirceu Valladares.

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